Estive em um dos encontros do projeto cultural ”Café e Arte 2021” onde a equipe da Congada 3 Colinas se apresentaram em nossa cidade, organizado pela Associação Folclórica Tradição Cultura Popular de Franca com idealização de dona Elisa Antônia de Carvalho, atual presidente da associação, com abraço carinhoso de agentes culturais como a agente Ana Inã e apoio da FEAC (Fundação Esporte, Arte e Cultura) e trouxe aqui para vocês, pérolas de nossa cultura, alguns ‘flashes’ e curiosidades sobre essa festa tradicional que talvez você ainda não saiba, inclusive todas as imagens que você encontrará nesta matéria foram orgulhosamente registradas pela ”Cairo Still Audiovisuais”, feito a propaganda, vamos ao que interessa!
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Neste encontro, a associação organizadora tratou de reunir muitas pessoas que já fazem parte dessa cultura em nossa região e em um arrastão, fretaram um ônibus trazendo todos para nossa cidade de Franca. Logo no início desse encontro a organização se deparou com uma queda de eletricidade que ocorreu pela região na cidade, mas, em contra tempo logo trataram de dar aquele ”jeitinho brasileiro” sendo apresentado a livre gogó, violão e sanfona o ato ”Forrozinho, cantos e contos” com Leonardo Martins. Em seguida com o retorno da eletricidade o evento seguiu normalmente. Em um bate-papo com o João Batista, um dos membros mais ativos, foi dito que cada ano que a se torna mais difícil renovar o quadro de participantes, trazer novos jovens para se unirem ao movimento e assim manter a cultura viva para novas gerações. São ao todo nessa equipe 52 pessoas, porém membros jovens, são apenas 5. João também me disse ser difícil manter os encontros recorrentes que todas essas pessoas possuem no decorrer dos anos, envolve logística de transporte, confecções de vestes e órios como também manutenção de instrumentos e para que tudo isso aconteça, necessitam então de apoios que chegam através desses pequenos gestos de agentes culturais que correm atrás de recursos, as verbas voltadas ao setor de fomento cultural.
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Nesta tarde também contamos com a presença ilustre de um grande nome da comunicação francana, o eterno ”arinho” da dupla ”Canário e arinho” que marcaram uma geração ou podemos dizer vem marcando as últimas décadas nas madrugadas dos que levantam antes do sol se por para trabalhar, ao ligarem o rádio e sintonizando em seu programa, ouvindo repetidamente bordões como ”Olha a hora dona Aurora!”,”Olha a hora dona Aurora!”,”São 05:30 em cima da pinta dona Jacinta!”, como muitos outros que como marcaram minha adolescência ouvindo no ”radinho” de minha avó, marcaram também toda a cidade. Inclusive realizei uma entrevista exclusiva com ele em vídeo e também se tornará matéria aqui no Fato No Ato ainda esse mês! Ah! Uma realização conhecê-lo pessoalmente!
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Agora, sobre a cultura da Congada, você sabe como, porque, de onde surgiu? Vou te contar um pouquinho para conhecerem essa história de resistência e resiliência. Chamada por ”Congada”,”Congado” ou ”Congo” é uma expressão cultural, religiosa e, porque não dizer artística que envolve canto, dança, teatro de espiritualidade religiosa afro-brasileira, uma mistura das festas trazidas pelos negros escravizados com a religiosidade cristã praticada na colônia. Porém, suas origens remontam à própria África, quando os súditos faziam o Cortejo aos Reis Congos, a fim de agradecer os seus governantes. Em algumas festas, comemora-se especificamente a coroação de Chico Rei, um soberano do Congo chamado Galanga que veio para o Brasil sendo batizado com o nome de Francisco. Viva Francisco! Já explicando um pouco sobre o ritmo dessa festa para quem não conhece é dividida em três ritmos principais: a Marcha Dobrada, Marcha Lenta (Grave) e a Marcha Picada.
Abaixo você confere mais imagens que o fotógrafo Demétrio de minha produtora registrou dessa tarde maravilhosa com essas pessoas encantadoras e de muitas longas e boas histórias…
Créditos das imagens: Demétrio (Cairo Still Audiovisuais)
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